Propostas
para um Maranhão dos trabalhadores
Auditoria da Dívida Pública: Auditoria de
todos os empréstimos tomados pelo Governo do Estado nos últimos anos e a
responsabilização e punição de todos os administradores públicos e empresas
envolvidos em atos de improbidade com o dinheiro público.
Educação: Aumento das verbas para a Educação
Pública para, no mínimo, 10% do PIB estadual. Valorização e Contratação de
professores e técnicos administrativos exclusivamente por concurso público. Melhoria
das condições de trabalho e na infraestrutura das escolas. Democratização na
escolha dos diretores das escolas. Escolas de Tempo Integral. Autonomia
administrativa e financeira da UEMA, garantindo o repasse integral de 5% do
Orçamento Estadual.
Saúde: Mais verbas para Saúde Pública com
realização de concurso público para profissionais da saúde. Prioridade de
investimentos na saúde preventiva, garantia de água tratada e esgotamento
sanitário para a população, programa de atendimento domiciliar com equipes
multiprofissionais, realização de concurso público para os profissionais da
saúde. Fim das benesses para a saúde privada.
Agricultura, Pesca e produção:
Fortalecimento da Agricultura e Pesca. Novo zoneamento agrícola e ecológico que
possibilitará verificar quais as melhores áreas para produção de várias
culturas no estado, seguindo as peculiaridades de cada região.
Empresas Públicas: Criaremos meios para a
estatização da CEMAR, revogação da privatização do BEM e criação de uma
companhia nos moldes da COPEMA, além do fortalecimento da CAEMA pública e de
qualidade para que possam servir aos interesses do estado e da grande maioria
da população..
Melhoria dos Serviços Públicos : cumprimento
integral dos acordos realizados com as categorias do serviço público estadual, concurso
público para todas as áreas, atualização dos planos de carreira do
funcionalismo estadual e garantia dos pagamentos dos precatórios que os
servidores têm direito.
Reforma Agrária: Combater a violência no
campo por parte dos grileiros e latifundiários e evitar o êxodo rural para as
grandes cidades através da distribuição de terras para os seus verdadeiros
donos e quem realmente produz. Garantir alimentos a população com preços mais
baratos.
Moradia: Reduzir o déficit habitacional no
Estado através de um plano de obras públicas que construa habitações dignas e
combata a especulação imobiliária das grandes construtoras.
Transporte: Criar uma companhia estadual de
transporte público para garantir passe livre para estudantes e desempregados.
Segurança Pública: Combater o desemprego e a
miséria que são as causas da violência e democratizar o acesso à Justiça.
Punição exemplar dos grandes criminosos e corruptos e fortalecimento de
Conselhos Comunitários de Segurança.
Opressões: É preciso superar o mito da
democracia racial e propor políticas de compensação ao povo negro. Garantir
políticas públicas de combate à violência e discriminação machista e
homofóbica.
Nossa campanha estará à disposição de todas
os explorados e em defesa de transformações verdadeiras em nosso Estado e em nosso país. Venha ajudar a
construir esta luta. Venha para o PSTU!
Propostas
para construir um Maranhão para os trabalhadores
Introdução
As eleições, com financiamento de
empresas, tornam-se um jogo de cartas marcadas, no qual ganha quem leva os
milhões destas grandes empresas, bancos e empreiteiras. Uma vez eleitos,
governam para aqueles que os financiaram. O PSTU, ao contrário, não joga
qualquer ilusão nesse processo. Nossas candidaturas estarão a serviço das
lutas, assim como do fortalecimento de uma alternativa socialista, não só
eleitoral, mas principalmente para a ação direta da classe.
Isso vale tanto para a campanha
eleitoral quanto para nossos eventuais mandatos. Queremos ter parlamentares
para denunciar esse sistema, defender e fortalecer as lutas. Nossa estratégia é
levar os próprios trabalhadores ao poder, para que governem por si próprios
através de suas organizações e conselhos populares.
Por isso os nossos parlamentares são
diferentes. Rejeitam os altos salários e privilégios do parlamento. Nossos
vereadores em Natal e Belém, Amanda Gurgel e Cleber Rabelo, por exemplo, vivem
com os mesmos salários que viviam antes de serem eleitos. Defendemos que todos
os parlamentares recebam o salário equivalente ao de um operário qualificado e
que seus mandatos possam ser revogados a qualquer momento. Ou seja, se algum
político prometeu algo e, uma vez eleito, fez outra coisa, a população deve ter
o direito de tirar o seu mandato.
Nossa campanha, juntamente com as
candidaturas de Zé Maria e Cláudia Durans à presidência da República, defenderá
outro projeto de Maranhão e de Brasil, rompendo com o predomínio do
agronegócio, dos latifundiários e dos “coronéis”. Um Maranhão livre da
Oligarquia, construído nas ruas, nas lutas e nas mobilizações, e para isso apresentamos
nossas propostas.
Propostas de campanha:
1.
Auditoria
da dívida pública do Estado
O Governo Federal gasta atualmente quase
metade de todo o seu orçamento no pagamento da dívida pública. Ou seja, de tudo
o que o governo arrecada em impostos, quase metade vai para os bolsos dos
banqueiros e investidores internacionais. Boa parte dos recursos que deveriam
ser transferidos aos demais entes da federação são retidos para o pagamento da
dívida dos Estados e municípios.
O Maranhão está endividado, através de
grandes empréstimos tomados pelo Governo do Estado para projetos de interesse
das grandes empreiteiras e de políticos corruptos e não para a prestação de
serviços de qualidade para população. Uma demonstração disso são os indicadores
sociais que não evoluíram nas últimas décadas apesar do crescimento do
endividamento do Estado.
Defendemos a auditoria de todos os
empréstimos tomados pelo Governo do Estado nos últimos anos e a
responsabilização e punição de todos os administradores públicos e empresas
envolvidos em atos de improbidade com o dinheiro público.
2.
Melhoria
dos serviços públicos e reajuste salarial para os servidores públicos
Para
garantir o pagamento da dívida pública, o Governo do Estado se comprometeu com
seus credores a limitar as despesas com o serviço público e salários dos
servidores. Por isso, vem praticando uma política de precarização dos serviços públicos
oferecidos à população, um arrocho salarial aos servidores e descumprimentos de
uma série de acordos com várias categorias como policiais militares,
professores e servidores do Judiciário.
Defendemos
imediatamente o cumprimento integral dos acordos realizados com as categorias
do serviço público estadual, concurso público para todas as áreas, atualização dos
planos de carreira do funcionalismo estadual e garantia dos pagamentos dos
precatórios que os servidores têm direito, mas que não é pago pelo governo
estadual.
3. Reestruturação das empresas e
companhias estaduais privatizadas e liquidadas
Realizaremos a reestruturação das
empresas e companhias estaduais privatizadas e liquidadas levadas a cabo
durante os governos da Oligarquia Sarney. Marca desse processo de destruição e
entrega do patrimônio dos maranhenses ao capital privado foi a entrega de
empresas como a COPEMA, a CEMAR e o Banco do Estado do Maranhão (BEM), este
último, que deveria cumprir um papel de fomento e apoio creditício e financeiro
ao desenvolvimento socioeconômico do estado, foi vendido a um preço bem abaixo
dos valores gastos com seu saneamento.
Criaremos meios para a estatização da
CEMAR, revogação da privatização do BEM e criação de uma companhia nos moldes da
COPEMA, além de um fortalecimento da CAEMA pública e de qualidade para que
possam servir aos interesses do estado e da grande maioria da população.
4.
Reforma
agrária
O Maranhão é um dos estados com maior
índice de violência no campo, resultado da grande concentração de terra e do
avanço do agronegócio. Estudo realizado pela CPT (Comissão Pastoral da Terra)
demonstram o crescimento da violência que atinge principalmente as lideranças
quilombolas, indígenas e dos pequenos agricultores.
Uma verdadeira reforma agrária, que se
encontra paralisada no governo Dilma, poderia também garantir alimentos para a
população a um preço mais barato, além de garantir terra aos seus verdadeiros
donos e quem realmente produz.
Em nosso Estado é preciso enfrentar o
latifúndio agroexportador para que realmente aconteça e combater a grilagem, as
milícias e a pistolagem a serviço dos grandes proprietários.
5.
Agricultura
e Pesca
A agricultura e
pesca está abandonada no estado, pois o investimento governamental é no
agronegócio e em grandes projetos agrícolas para o grande capital.
Faremos um novo
zoneamento agrícola e ecológico que possibilitará verificar quais as melhores
áreas para produção de várias culturas no estado, seguindo as peculiaridades de
cada região, como o caso do aproveitamento integral do babaçu.
Necessário
também é o fortalecimento dos órgãos de assistência técnica e extensão rurais e
apoio financeiro por parte do Estado, com o objetivo de fornecer alimentos e matérias–primas
à população e fortalecer a economia maranhense. A UEMA, que possui os curso de
Agronomia e Zootecnia, a AGED e demais órgãos estaduais realizarão estas
atividades.
A atividade pesqueira, extratora e criatória,
necessita de investimentos e infraestrutura para que aumente a produção, hoje
bastante limitada e artesanal. Deve fazer parte de uma política que envolva
toda uma cadeia produtiva, desde construção de estaleiros navais à elaboração de
projetos econômicos e financeiros junto aos produtores. A Universidade Estadual
do Maranhão (UEMA), que possui um curso de Engenharia de Pesca, terá um papel
fundamental neste processo.
6.
Mais
verbas do Orçamento Estadual para a Educação
Nacionalmente, lutamos por 10% do PIB
para a Educação Pública já, e não em 10 anos como prevê o Plano Nacional de
Educação do governo Dilma. No Maranhão, o Governo Roseana Sarney gasta o mínimo
legal com Educação (25% do Orçamento), mas não economiza com os banquetes na
sua residência oficial em um cardápio regado a lagosta e caviar.
Além disso, a Educação no Maranhão é
vergonha nacional com escolas em condições precárias, presentes sempre nas
piores colocações dos exames nacionais e com um dos maiores índices de analfabetismo
do país, evasão escolar, de acesso ao nível superior, para citar alguns
exemplos.
Mais verbas serão investidas na Educação
Pública, elevando para, no mínimo, 10% do PIB estadual, contratação de
professores e técnicos administrativos, Plano de Carreira para a categoria, garantia
da formação continuada, ingresso exclusivamente por concurso público, melhoria
das condições de trabalho e na infraestrutura das escolas, escolas em tempo
integral, eleição para diretor de escolas com participação de pais, professores
e alunos.
Em relação à Universidade Estadual do
Maranhão, devemos garantir sua autonomia administrativa e financeira, o repasse
constitucional de 5% para a instituição, a incorporação da UNIVIMA, carreira
própria e valorização dos técnicos-administrativos.
7.
Mais
verbas do Orçamento Estadual para a Saúde
A saúde pública definha no país. No
Maranhão, apesar de toda propaganda do Governo do Maranhão da construção de
novos hospitais a situação é caótica. O estado perdeu quase 1/5 dos seus leitos
entre os anos de 2015 e 2012 e ainda temos um dos maiores índices de
mortalidade infantil do país e de incidência de várias doenças. Os corredores
dos hospitais da rede pública e privada estão superlotados e até parto é
realizado na porta da maternidade. Os hospitais foram construídos, mas agora
resta saber como serão postos em funcionamento sem nenhum concurso público para
profissionais da saúde e sem verbas de manutenção garantidas.
Existe hoje um duplo processo de
precarização e privatização dos serviços, expressão da falta de investimentos
públicos no setor. Defendemos a aplicação de 10% do PIB Nacional para a Saúde
já, cujos recursos poderiam vir do pagamento da dívida pública. Priorizaremos a
nível estadual o aumento dos recursos no orçamento estadual, prioridade de
investimentos na saúde preventiva, garantia de água tratada e esgotamento
sanitário para a população, programa de atendimento domiciliar com equipes
multiprofissionais, a realização de concurso público para os profissionais da
saúde, o respeito à jornada de 30 horas.
8.
Reformam
Urbana e Plana de obras públicas para resolver o problema da moradia e emprego
O Maranhão viveu nos últimos anos um
verdadeiro boom imobiliário. Nunca as empreiteiras e construtoras lucraram
tanto com a especulação imobiliária. Várias comunidades sofreram com os
despejos forçados e persiste um dramático déficit habitacional de mais de 450
mil residências, o maior do Brasil. Defendemos um plano de obras públicas para a construção de moradias que
possa ao mesmo tempo avançar na questão de desemprego e na falta de habitações
dignas à população mais pobre.
9.
Saneamento
básico para todos
O Maranhão ocupa as últimas posições do
ranking do país no que se refere ao Saneamento Básico. Milhares de famílias no
Estado ainda não possuem acesso à água encanada, esgoto tratado e coleta de
lixo. Denunciamos o desmonte praticado pelos sucessivos governos na
administração da CAEMA (Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão).
Atualmente, boa parte dos serviços da empresa estão terceirizados através de
contratos superfaturados. As obras anunciadas pelo Governo como a do ITALUÍS
não reduzirão efetivamente os graves problemas de abastecimento e devem ser
feitas através de Parcerias Públicos Privadas, sem que o Estado amplie o
investimento necessário na Companhia.
10. Cultura
O Maranhão
possui uma grande diversidade de manifestações culturais que se apresentam
durante todo o ano, mas, infelizmente, os artistas da terra são desvalorizados
e um grupo seleto da cultura local, que possuem ligações políticas com o
governo, controlam todos os recursos.
O Estado não
pode se apropriar da cultura, muito menos tentar institucionalizá-la para usar
em seu benefício. Tem o papel de estimular cada vez mais a criação,
acesso e desenvolvimento das múltiplas expressões da cultura em nosso estado.
Implantaremos
uma política de valorização da cultura, de forma democrática e igualitária, garantindo
orçamento e financiamento para as práticas culturais, espaços públicos
permanentes para as apresentações e buscando o pleno funcionamento do Conselho
Estadual de Cultura.
11. Combate ao racismo, machismo e
homofobia
A população negra é a que mais sofre a
exploração e a opressão em nossa sociedade. São os que recebem os menores
salários e a violência genocida da polícia nas periferias. Herança do período
da escravidão que não foi superado, o Brasil é, ao contrário do que diz o mito
da democracia racial, um país racista. O PSTU se orgulha de ter feito parte da
história do movimento negro no Brasil e entende que a luta contra o racismo é
uma luta de raça e classe. O PSTU defende uma política de combate ao racismo e
de compensação ao povo negro, como a ampliação do sistema de cotas nas
universidades e serviços públicos.
O machismo e a exploração seguem matando as mulheres
no Brasil e no Maranhão. È necessário programas de combate ao machismo e
garantias de acesso à segurança pública por parte das mulheres.
No governo do PSTU teremos políticas de
combate a qualquer discriminação e a homofobia será combatida com muita força,
pois não aceitamos qualquer discriminação. Será garantida a Lei estadual nº
844/06 que dispõe sobre penalidades aos que praticam discriminação em virtude
orientação sexual.
12. Estatização do transporte
Todos os dias, milhares de
trabalhadores (as) são transportados em veículos precários, inseguros e de alto
custo nas grandes cidades do Estado. O Transporte coletivo é um serviço público
que é explorado por uma meia dúzia de empresários que exploram os usuários e
seus funcionários. É preciso acabar com os privilégios dos grandes empresários
aliados das Prefeituras.
Defendemos construir uma grande
empresa de transporte urbano estadual que garanta passagem mais barata e passe
livre para estudantes e desempregados. Também estatizaremos os serviços de
travessia de ferry-boat para dar qualidade e garantir menores preços para a
população.
13. Esporte e Lazer
O estado deve garantir à população acesso
universal ao esporte e lazer. Devem ser criados espaços nas várias regiões do
estado para a prática de atividades físicas e esportivas e garantia das
manifestações artísticas.
14. Turismo
O turismo deve
ter uma relação estreita com a cultura e a garantia da preservação do
patrimônio histórico e o meio ambiente. Manteremos um calendário anual de
atividades culturais no estado.
Faremos investimentos públicos
nas várias regiões para que se evite a privatização dos vários pontos
turísticos no estado, muitos deles ocupados e em desrespeito às áreas de
preservação ambiental.
15. Por um novo plano de Segurança
Pública
Quem
tem dinheiro contrata vigilância eletrônica, segurança particular e compra
carro blindado contra tiros. Quem não tem, pode ser assaltado dentro do ônibus,
no caminho do trabalho ou da residência. Diferente do que prometeu a
Governadora, não podemos ficar tranquilos em casa de janelas e portas abertas.
O sistema prisional é caótico e pune principalmente negros e pobres.
É
hora de se discutir com seriedade o tema da violência, e encarar o desafio de
apontar uma resposta de esquerda a este problema. Existem duas causas básicas
do aumento da violência, que são inerentes ao sistema capitalista e seus planos
neoliberais: o desemprego e a miséria.
Defendemos
um plano de emergência que entre vários pontos contenha um plano de obras públicas
que gere empregos, a democratização da Justiça, prevenção social do crime e da
violência, garantia de políticas de educação, punição exemplar aos grandes
corruptos e corruptores e fortalecimento dos Conselhos Comunitários de Segurança que são fundamentais
para discutir a melhor política de segurança para o estado.
Saulo Arcangeli - candidato à Governador.
Ana Paula de Albuquerque - candidata a Vice-Governadora.